7 junho 2024

MRP: o que é e como evita prejuízos na produção

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Você tem controle ou só está apagando incêndios?

Em meio à correria do dia a dia, muitas empresas seguem operando no modo automático: entregas acontecendo, pedidos saindo, equipe trabalhando… mas sem tempo para respirar, muito menos para pensar estrategicamente. Se os resultados aparecem, ótimo — mas será que estão no seu melhor potencial?

A diferença entre uma empresa que sobrevive e uma que cresce de forma sustentável muitas vezes está na capacidade de planejar. E não estamos falando de achismos ou planilhas isoladas. Estamos falando de visão integrada, previsibilidade e controle real.

É aqui que entra o MRP — uma metodologia que transforma o caos da operação em um sistema organizado, conectado e inteligente. Seja para evitar gargalos, reduzir desperdícios ou melhorar prazos de entrega, o MRP pode ser o que está faltando para sua empresa dar o próximo passo.

Neste artigo, mostramos como o MRP pode ajudar você a tomar decisões com mais segurança, alinhar produção com demanda e ganhar tempo e margem em um mercado cada vez mais competitivo.

Se você ainda depende de improviso e correção de rota para manter a produção em pé, este conteúdo é para você.

O que é MRP? E por que isso muda tudo na sua operação

MRP é a sigla para Material Requirements Planning, ou em português: Planejamento das Necessidades de Materiais.

É um sistema — geralmente integrado a um software — que calcula automaticamente:

  • O que você precisa produzir;
  • Quais materiais você precisa comprar; 
  • Quando você precisa comprar;
  • E quanto tempo cada etapa da produção vai levar.

É basicamente uma central de inteligência que tem o objetivo de integrar processos e departamentos, e otimizar o planejamento de insumos, o MRP pode ser a solução ideal para revolucionar a gestão e potencializar sua indústria.

Cálculo do MRP

Imagine uma montadora de veículos que sofre com gargalos na linha de produção: ora falta produto, ora sobram componentes eletrônicos que ficam parados no estoque por semanas. Resultado? Atraso nas entregas, alto custo com armazenamento e retrabalho para replanejar a produção a todo momento.

Depois de implementar o MRP, essa mesma montadora conseguiu reduzir estoque parado, eliminar faltas de componentes críticos e ainda aumentar a produção mensal, sem contratar novos funcionários ou abrir turnos extras.

Como isso é possível?

O segredo está no cálculo estruturado do MRP que se baseia em três informações fundamentais:

  • Demanda dos pedidos (firmes e previstos); 
  • Lista técnica de materiais (BOM);
  • Saldo atualizado do estoque de peças.

O cálculo do MRP dá clareza sobre o lead time de compras, ajuda a alinhar fornecedores estratégicos com o cronograma de produção e melhora a assertividade nas datas de entrega ao cliente final — algo essencial no setor automotivo, onde prazos e padrões de qualidade são inegociáveis.

Leia também: PCM na Indústria: Como Reduzir Falhas e Aumentar a Eficiência

MRP 1 vs. MRP 2 – Qual a diferença?

O MRP pode ser dividido em duas partes: o MRP 1 e o MRP 2. Muito importantes, as duas soluções são complementares e fazem parte da gestão da produção. 

O MRP 1 foca em suprir a demanda de materiais necessários para a fabricação, mostrando à empresa o que ela tem e o que ela precisa. 

Já o MRP 2 mostra qual é a capacidade fabril da indústria, dando informações sobre maquinário, fluxo de materiais e aspectos da produção (pedidos, rastreamento de estoque e garantia de capacidade). 

O MRP 2 também é capaz de indicar qual é a capacidade de fabricação por tempo, quantas pessoas precisam trabalhar por períodos e quais são os períodos de início, começo e fim de cada atividade da máquina.

Para quem o MRP é indicado?

Independentemente do tipo de produto que sua empresa fabrica — seja um item simples ou um equipamento com múltiplos componentes e níveis de montagem — o desafio é o mesmo: garantir a disponibilidade dos materiais certos, na hora certa, para cumprir os compromissos com seus clientes. 

E quanto maior a variedade de produtos e a complexidade dos processos produtivos, maior é a urgência de contar com uma ferramenta que orquestre tudo isso com precisão.

Empresas de manufatura que lidam com grandes volumes, múltiplas etapas produtivas e necessidade de controle de estoque eficiente simplesmente não conseguem manter a competitividade sem um MRP robusto. Ele é o elo entre o que foi prometido ao cliente e a capacidade real da fábrica de entregar.

Segundo o SEBRAE, “os softwares de gestão, como é o caso do MRP, trazem uma série de benefícios em todas as áreas e empresas, especialmente para as indústrias, promovendo um maior controle geral do negócio e contribuindo com o planejamento, organização e tomadas de decisões”. 

Se a sua operação envolve produção contínua, montagem por encomenda, reposição de componentes ou qualquer cenário com dependência de insumos e prazos, o MRP não é apenas útil — é essencial para garantir produtividade, previsibilidade e escalabilidade.

Quando implementar o MRP na indústria?

Quando falamos em quando o MRP deve começar a ser utilizado em uma indústria, a resposta é: o mais breve possível. 

Afinal, se a sua indústria ainda não conta com um sistema que calcula tudo o que será necessário quando o assunto é a fabricação de um produto, sua empresa deve estar perdendo dinheiro.

Para ter certeza de que a indústria precisa contar com uma solução como o MRP, fique atento aos seguintes sinalizadores: existência de uma quantidade de produtos com estruturas complexas, problemas para controlar a quantidade de matéria-prima, níveis altos de estoques, atrasos frequentes na entrega, mudanças constantes na produção etc. 

Se os saldos de estoque não são confiáveis, ou se as estruturas de produtos não têm boa acuracidade, ou se os processos de fabricação não estão registrados, a sua empresa ainda não está pronta para implementar o MRP. 

Antes de usar o MRP é obrigatório fazer um treinamento para ter uma boa execução e entendimento. O MRP deve ser um “ser vivo” dentro de uma organização, pois está em constante mudança, uma vez que os requerimentos da indústria também mudam constantemente.

Quer saber se sua indústria precisa de MRP? Veja esses sinais:

  • Tem estrutura complexa de produtos;
  • Vive com atrasos na entrega;
  • Está com estoques altos demais (ou zerando inesperadamente);
  • Tem dificuldade de planejar produção com base na demanda real;
  • Custos estão subindo sem controle claro.

Se respondeu “sim” para dois ou mais, você precisa implantar MRP urgentemente.

Por que o MRP deve ser utilizado
Quando falamos em quando o MRP deve começar a ser utilizado em uma indústria, a resposta é: o mais breve possível. Afinal, se a sua indústria ainda não conta com um sistema que calcula tudo o que será necessário quando o assunto é a fabricação de um produto, sua empresa deve estar perdendo dinheiro.

Leia também: Ciclo PDCA: Como Melhorar Processos na Indústria

O que a sua indústria ganha ao implementar o MRP

Redução de custos operacionais
O MRP evita compras desnecessárias, reduz estoques parados e diminui o desperdício de materiais. Isso significa menos capital imobilizado e mais eficiência no uso dos recursos da fábrica.

Aumento da eficiência produtiva
Com o MRP, a produção acontece de forma sincronizada: os materiais certos chegam na hora certa, para a máquina certa, no ritmo certo. Isso reduz paradas, elimina retrabalho e melhora o uso da capacidade instalada.

Controle total do estoque
Você passa a ter visibilidade completa sobre o que tem em estoque, o que está em falta, o que precisa ser comprado e quando. Isso evita rupturas e excesso de inventário, dois vilões do chão de fábrica.

Entregas no prazo e mais confiabilidade com o cliente
Ao planejar com base em demanda real e prazos de fornecimento, o MRP garante que os pedidos sejam cumpridos dentro do prazo. Isso fortalece o relacionamento com o cliente e evita multas ou cancelamentos.

Crescimento com previsibilidade e segurança
Com informações confiáveis sobre demanda, capacidade produtiva e consumo de materiais, sua indústria pode crescer de forma controlada, antecipando gargalos e tomando decisões com base em dados, não em suposições.

Diferença entre MRP e ERP

Enquanto o MRP foca na produção, o ERP (Enterprise Resource Planning) é mais amplo — ele conecta também áreas como financeiro, RH, manutenção e logística.

Por ser um sistema mais complexo e evoluído, o ERP é capaz de integrar o MRP 1 e o MRP 2 no mesmo ambiente virtual. Sendo assim, esse sistema, além de mostrar o fluxo de estoque, também vai ter informações do fluxo de caixa, manutenção e contabilidade.  

Conclusão: o que você faz agora?

Você já entendeu que o problema não é só falta de matéria-prima ou atraso na produção. O problema é a ausência de um sistema inteligente que antecipe esses riscos.

E o nome desse sistema é MRP.

Agora, você tem dois caminhos:

  • Voltar para o caos e continuar apagando incêndios,
  • Ou implantar um sistema que vai organizar sua operação, cortar custos e aumentar sua entrega — com previsibilidade.

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